Nesta época em que se começa a movimentação para a produção de silagem nas propriedades leiteiras, muitos produtores começam a dar mais atenção a um capim que garante excelente volumoso: o capim elefante. Veja como fazer
Muitos pecuaristas aproveitam esta época para fazer silagem e, assim, garantir alimento para o rebanho leiteiro na seca. Além das opções de fornecer aos animais as já conhecidas silagem de milho ou de cana-de-açúcar, existe o capim como alternativa forrageira. O capim elefante, especificamente, pode ser adotado por produtores de leite para compor a dieta do rebanho e, se for bem manejado, garante uma elevada produtividade de matéria seca por hectare, entre outras vantagens.
Sócio-proprietário das Fazendas Reunidas Antônio Carlos Pereira e Filhos, no município de Carmo do Rio Claro, em Minas Gerais, Leopoldo Antônio Pereira explica que opta pela silagem de capim elefante em áreas de menor eficiência agronômica, uma vez que, segundo ele, essa forrageira, além de oferecer uma alta produtividade de matéria seca “até 200 toneladas de matéria verde por hectare, apresenta características como alta longevidade agronômica (áreas com mais de 20 anos sem renovação), baixo risco climático (suporta melhor os veranicos) e excelente adaptação para climas tropicais de baixa altitude. Ela também produz corte em épocas diferentes da cultura do milho, o que otimiza o maquinário e equipe em períodos diferentes.
“De acordo com cada região e sua aptidão agronômica, nem sempre o que é melhor para a vaca é o melhor para o dono da vaca. Aqui na Região Sudeste, silagem de milho é uma das melhores opções para produtores de leite. Mas existem regiões que estão abaixo de 400 metros de altitude, o que se torna limitante para o desenvolvimento da cultura do milho atingir boas produtividades. A topografia também é um fator limitante, pois influencia muito no custo de produção por dificultar e encarecer os processos operacionais que necessitam ser feitos anualmente. Por esses motivos, e estando no sul de Minas Gerais, optamos por produzir leite com silagem de milho, onde temos melhores condições de topografia, altitude e irrigação. Nas áreas de menor eficiência, a opção é a silagem de capim elefante”, afirma.
As Fazendas Reunidas Antônio Carlos Pereira e Filhos, empresa agropecuária de gestão familiar, atualmente na terceira geração no comando da administração da propriedade, possui área de 2.500 hectares destinada à pecuária de leite, pecuária de corte (cria, recria e terminação), piscicultura, soja, milho, feijão, café e sorgo granífero (safrinha), além da cana-de-açúcar para produção de cachaça (Coração de Minas). A área para produção de leite é de 520 hectares, com rebanho leiteiro de 3.725 cabeças, sendo 1.350 vacas holandesas em lactação e confinadas em free stall e 150 vacas Jérsey em pastejo. Com produção atual de 40.000 litros de leite por dia (o “pico” de 2016 foram 45.000 litros por dia e produção por área de 28.000 litros por hectare/ano), as Fazendas Reunidas são consideradas referência no setor leiteiro em termos de eficiência produtiva, com experiência de mais de 20 anos no fornecimento de silagem de capim elefante aos animais. Da área para produção de alimentos, são 350 hectares de milho para silagem, 120 hectares de capim elefante (cameron) também para silagem, 30 hectares de pastagem e 20 hectares de instalações.
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