Para os amantes de leite e de uma boa cerveja, não poderia haver notícia melhor! Acaba de ser lançada no mercado a Urbana Milk Brown Ale, que leva lactose (o açucar do leite) em sua composição.
Como a lactose não é fermentada pelas leveduras da cerveja, fica presente até o final, intacta, dando doçura e cremosidade.
A liberação da venda era esperada há tempos pela Urbana, mas como o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) proibe a adição de qualquer ingrediente de origem animal em cervejas, a MILK teve que ser registrada como bebida alcoólica mista e não como cerveja. (O mesmo que aconteceu com a Colorado Appia, que tem mel).
Para variar, existem pelo menos duas versões sobre a origem da receita. Uma diz que o estilo surgiu por volta de 1800, quando era costume misturar leite à cerveja, para reforçar o lanche dos trabalhadores. Além disso, diziam que a bebida fazia tão bem à saúde que teria virado recomendação médica para várias doenças e até para mães em amamentação para aumentar a produção de leite.
Já a outra história é a de que as cervejas frescas, as milds, eram uma tendência na mesma época. Estando novas, ainda continham açúcar residual, mas como ficavam nos barris, com o tempo e pela ação das leveduras, os açúcares eram consumidos e a cerveja se tornava seca, ou seja, sem dulçor. Não adiantava colocar açúcar de cana, então, usaram lactose para adoçar, sem fermentar mais.
Seja qual for a versão, em 1875, John Henry Johnson patenteou o estilo, imaginando essa cerveja tão nutritiva. Ele acabou não realizando o projeto, mas, em 1907, outros viram o potencial e a Makenson’s Brewery produziu comercialmente aquela que é considerada a primeira representante comercial. Por volta de 1900, o governo inglês proibiu o uso do “milk” no nome, para evitar que a cerveja acabasse caindo em copo de criança.
Com essa delícia no mercado brasileiro, acho que vai ter uma redução drástica no número de intolerantes à lactose!
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